Jean-Jacques
Rousseau
Para ele, a educação era um
processo subordinado à vida, isto é, à evolução natural do discípulo, e por
isso era chamado de método natural. O educador tem que interferir o menos
possível no desenvolvimento da criança, em especial até os 12 anos, quando ela
ainda não pode contar com a razão, pois segundo seu entendimento, até essa
idade a criança é só sentidos, emoções e corpo físico, enquanto a razão ainda
se forma. Não se deve ensinar a verdade ou a virtude, mas sim preservar o
coração do vício e o espírito do erro.
De acordo com Rousseau, a
criança deveria ser educada em liberdade e viver cada fase da infância na
plenitude de seus sentidos. Liberdade não significa fazer tudo o que se deseja,
mas uma dependência das coisas em oposição à dependência dos adultos.
Rousseau condenava os
métodos de ensino utilizados até ali, por serem basicamente só repetição e
memorização de conteúdos, acreditando que era melhor substituir pela
experiência direta por parte dos alunos, mais do que instruir a educação
deveria se preocupar com a formação moral e política.
Friedrich
Froebel
Fundador do primeiro jardim
de infância, em Blankenburg, na Alemanha. Este nome reflete uma teoria que
Froebel compartilhava com os demais pensadores, de que a criança é como uma
planta em sua fase de formação, exigindo cuidados periódicos para que cresça de
maneira saudável.
Froebel foi um dos primeiros
educadores a considerar o inicio da infância como uma fase decisiva na formação
do ser humano, pois antes dele não existia a ideia de infância, as crianças
passavam por um período de “teste” para candidatos a adultos.
Todas as técnicas que são
utilizadas hoje na educação infantil partiram de Froebel, para ele as brincadeiras
sãoapenas uma forma de representar o mundo concreto com intuito de entendê-lo.
Por meio de brinquedos sua educação tornava-se diferencial, treinando
habilidades que as crianças já possuíam e o surgimento de novas. As
brincadeiras eram quase sempre ao ar livre para que ocorresse interação com o
meio ambiente.
Froebel acreditava que a
natureza era a manifestação de Deus no mundo terreno e expressava a unidade de
todas as coisas. O papel da educação era trabalhar conceitos de unidade e
harmonia, desta forma as crianças alcançariam a própria identidade e sua ligação
com o eterno. A criança tem que ficar livre para expressar seu interior e
perseguir seus interesses, logo a educação se desenvolve espontaneamente sem
imposições, pois as crianças passam por diferentes estágios de capacidade de
aprendizado com características específicas.
Émile
Durkheim
Para ele: “a educação tem
por objetivo suscitar e desenvolver na criança estados físicos e morais que são
requeridos pela sociedade política no seu conjunto”. O indivíduo só pode agir
na medida em que aprende a conhecer o contexto em que vive,conhece suas origens
e as condições que depende, e ele só saberá tudo isso se for à escola.
De acordo com Durkheim, cada
aluno possui dois seres inseparáveis, mas distintos. O primeiro é formado pelos
estados físicos mentais de cada pessoa, ou seja, é o ser individual. O segundo
é algo formado por um sistema de idéias que exprimem, dentro das pessoas, a
sociedade a que fazem parte.
Segundo Durkheim o papel da
ação educativa é formar um cidadão que tomará parte do espaço público, não
somente o desenvolvimento individual do aluno. Para ele, a educação é uma
socialização de jovens e adultos, quanto mais eficiente for o processo, melhor
será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida.
Anísio Teixeira
Considerado
o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira
no século XX, ele foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os
níveis que refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos.
A
escola deveria educar ao invés de instruir, formar homens livres e prepará-los
para um futuro incerto, ensiná-los a viver com mais inteligência, mais
tolerância e felicidade. O ato de aprender durante muito tempo, significou
apenas memorização, depois passou a incluir a compreensão e a expressão do que
fora ensinado.
Para
o pensador não se aprende apenas idéias ou fatos, mas também atitudes, ideias e
senso crítico, porém a escola deve ter condições para exercitá-los. Essa nova
psicologia de aprendizagem obriga a escola a se transformar num local onde se
vive e não em um centro preparatório para a vida, onde o interesse do aluno
deve orientar o que ele vai aprender, o estudo é o esforço para resolver um
problema ou executar um projeto, e ensinar é guiar o aluno em uma atividade.
O
professor e o aluno devem trabalhar em liberdade desenvolvendo confiança mútua,
e o educador deve incentivar o aluno a pensar e julgar por si mesmo.
Paulo Freire
Suas idéias
pedagógicas se formaram a partir da observação da cultura dos alunos, foi
conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos.
Freire condenava o
ensino oferecido pela maioria das escolas, onde ele determinava de educação
bancaria. Nela o educador apenas “deposita” conhecimento em um aluno receptivo,
em outras palavras o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus
detentores. Ele dizia que enquanto a escola conservadora procura acomodar os
alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de
inquieta-los.
Para Freire, a missão
do professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos. O
professor não poderia ter um papel autoritário, mais sim um papel diretivo e
informativo, deve levar os alunos a conhecer conteúdos, mas não como verdade
absoluta. Ele considerava que ninguém ensina nada a ninguém, “os homens se
educam entre si mediados pelo mundo”.
O aluno alfabetizado
ou não, chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior que a do
professor. Em sala de aula, os dois aprendem juntos, uns com os outros, isso
garante a todos a possibilidade de se expressar.
A
valorização da cultura do aluno é indispensável para o método de alfabetização,
formulado inicialmente para adultos. No método, deve-se identificar e catalogar
palavras chaves do vocabulário do aluno, as chamadas palavras geradoras. Diante
dos alunos o professor mostra lado a lado a palavra e a representação visual do
objeto. O conjunto de palavras geradoras deve conter diferentes possibilidades
silábicas e permitir o estudo de todas as situações que possam ocorrer durante
a leitura e a escrita.
Na teoria de Paulo
Freire existem três momentos claros de aprendizagem. No primeiro, o professor
traz a cultura do aluno para dentro da sala de aula, no segundo explora-se
questões relativas aos temas em discussão onde o aluno constrói o caminho do
senso comum para uma visão crítica da realidade e o terceiro, a chamada etapa
de problematização, o conteúdo em questão apresenta-se “dissecado”, esse
procedimento serve ao objetivo final do ensino, que é a conscientização do
aluno.