sexta-feira, 12 de julho de 2013

Alguns pensadores que fundamentam nossa missão de educar.

Jean-Jacques Rousseau

Para ele, a educação era um processo subordinado à vida, isto é, à evolução natural do discípulo, e por isso era chamado de método natural. O educador tem que interferir o menos possível no desenvolvimento da criança, em especial até os 12 anos, quando ela ainda não pode contar com a razão, pois segundo seu entendimento, até essa idade a criança é só sentidos, emoções e corpo físico, enquanto a razão ainda se forma. Não se deve ensinar a verdade ou a virtude, mas sim preservar o coração do vício e o espírito do erro.
De acordo com Rousseau, a criança deveria ser educada em liberdade e viver cada fase da infância na plenitude de seus sentidos. Liberdade não significa fazer tudo o que se deseja, mas uma dependência das coisas em oposição à dependência dos adultos.
Rousseau condenava os métodos de ensino utilizados até ali, por serem basicamente só repetição e memorização de conteúdos, acreditando que era melhor substituir pela experiência direta por parte dos alunos, mais do que instruir a educação deveria se preocupar com a formação moral e política.

Friedrich Froebel

Fundador do primeiro jardim de infância, em Blankenburg, na Alemanha. Este nome reflete uma teoria que Froebel compartilhava com os demais pensadores, de que a criança é como uma planta em sua fase de formação, exigindo cuidados periódicos para que cresça de maneira saudável.
Froebel foi um dos primeiros educadores a considerar o inicio da infância como uma fase decisiva na formação do ser humano, pois antes dele não existia a ideia de infância, as crianças passavam por um período de “teste” para candidatos a adultos.
Todas as técnicas que são utilizadas hoje na educação infantil partiram de Froebel, para ele as brincadeiras sãoapenas uma forma de representar o mundo concreto com intuito de entendê-lo. Por meio de brinquedos sua educação tornava-se diferencial, treinando habilidades que as crianças já possuíam e o surgimento de novas. As brincadeiras eram quase sempre ao ar livre para que ocorresse interação com o meio ambiente.
Froebel acreditava que a natureza era a manifestação de Deus no mundo terreno e expressava a unidade de todas as coisas. O papel da educação era trabalhar conceitos de unidade e harmonia, desta forma as crianças alcançariam a própria identidade e sua ligação com o eterno. A criança tem que ficar livre para expressar seu interior e perseguir seus interesses, logo a educação se desenvolve espontaneamente sem imposições, pois as crianças passam por diferentes estágios de capacidade de aprendizado com características específicas.

       Émile Durkheim

Para ele: “a educação tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança estados físicos e morais que são requeridos pela sociedade política no seu conjunto”. O indivíduo só pode agir na medida em que aprende a conhecer o contexto em que vive,conhece suas origens e as condições que depende, e ele só saberá tudo isso se for à escola.
De acordo com Durkheim, cada aluno possui dois seres inseparáveis, mas distintos. O primeiro é formado pelos estados físicos mentais de cada pessoa, ou seja, é o ser individual. O segundo é algo formado por um sistema de idéias que exprimem, dentro das pessoas, a sociedade a que fazem parte.
Segundo Durkheim o papel da ação educativa é formar um cidadão que tomará parte do espaço público, não somente o desenvolvimento individual do aluno. Para ele, a educação é uma socialização de jovens e adultos, quanto mais eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida.

Anísio Teixeira

         Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século XX, ele foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis que refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos.
         A escola deveria educar ao invés de instruir, formar homens livres e prepará-los para um futuro incerto, ensiná-los a viver com mais inteligência, mais tolerância e felicidade. O ato de aprender durante muito tempo, significou apenas memorização, depois passou a incluir a compreensão e a expressão do que fora ensinado.
         Para o pensador não se aprende apenas idéias ou fatos, mas também atitudes, ideias e senso crítico, porém a escola deve ter condições para exercitá-los. Essa nova psicologia de aprendizagem obriga a escola a se transformar num local onde se vive e não em um centro preparatório para a vida, onde o interesse do aluno deve orientar o que ele vai aprender, o estudo é o esforço para resolver um problema ou executar um projeto, e ensinar é guiar o aluno em uma atividade.
         O professor e o aluno devem trabalhar em liberdade desenvolvendo confiança mútua, e o educador deve incentivar o aluno a pensar e julgar por si mesmo.

Paulo Freire

       Suas idéias pedagógicas se formaram a partir da observação da cultura dos alunos, foi conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos.
Freire condenava o ensino oferecido pela maioria das escolas, onde ele determinava de educação bancaria. Nela o educador apenas “deposita” conhecimento em um aluno receptivo, em outras palavras o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Ele dizia que enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquieta-los.
     Para Freire, a missão do professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos.  O professor não poderia ter um papel autoritário, mais sim um papel diretivo e informativo, deve levar os alunos a conhecer conteúdos, mas não como verdade absoluta. Ele considerava que ninguém ensina nada a ninguém, “os homens se educam entre si mediados pelo mundo”.
        O aluno alfabetizado ou não, chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior que a do professor. Em sala de aula, os dois aprendem juntos, uns com os outros, isso garante a todos a possibilidade de se expressar.
     A valorização da cultura do aluno é indispensável para o método de alfabetização, formulado inicialmente para adultos. No método, deve-se identificar e catalogar palavras chaves do vocabulário do aluno, as chamadas palavras geradoras. Diante dos alunos o professor mostra lado a lado a palavra e a representação visual do objeto. O conjunto de palavras geradoras deve conter diferentes possibilidades silábicas e permitir o estudo de todas as situações que possam ocorrer durante a leitura e a escrita.    
        Na teoria de Paulo Freire existem três momentos claros de aprendizagem. No primeiro, o professor traz a cultura do aluno para dentro da sala de aula, no segundo explora-se questões relativas aos temas em discussão onde o aluno constrói o caminho do senso comum para uma visão crítica da realidade e o terceiro, a chamada etapa de problematização, o conteúdo em questão apresenta-se “dissecado”, esse procedimento serve ao objetivo final do ensino, que é a conscientização do aluno.

O ensino de Química



O ensino de química, muitas vezes é visto como um ensino livresco, em que os assuntos trabalhados encontram-se muito distantes do cotidiano do aluno. Nota-se que muitos estudantes apresentam aversão a essa disciplina sem ter a oportunidade de o mundo fascinante da química.
         A química encontra-se em qualquer ambiente, em nossa casa, nossos alimentos, nosso dia a dia. Porém, nem sempre o aluno consegue perceber essa presença, pois necessita do auxílio do educador. Hoje, o professor deve ter a vontade e responsabilidade de mostrar ao discente a química do cotidiano, pois nada existe sem química nem mesmo o ser humano, é muito mais fácil entender a química com materiais de fácil acesso.
A educação química pode e deve ser realizada de uma forma diferente, através de jogos, vídeos, softwares, músicas. Sei que cada lugar e escola possui uma realidade distinta, porém cabe a nos docentes, fazermos a nossa parte, buscarmos o diferencial para este ensino que pode ser inovador.
Este espaço vem mostrar diversas metodologias que o educador pode aplicar em sua sala de aula e despertar a curiosidade em seus alunos, alcançando desta forma o seu principal objetivo que é construir conhecimento.